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Aventuras a Sul – dia 2

Aventuras a sul, mais um dia a aproveitar terras algarvias. Acordámos cedo, preparámos o típico “farnel” e colocámos tudo na carrinha GET Ride. Devem calcular como é útil ter uma bagageira grande: cinco mochilas para toalhas, comida e bebidas; três mochilões dos kites e respetivas bombas, coletes, barras, pranchas, fatos e arneses. E, ainda assim, conseguimos viajar todos juntos, com conforto.

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Saímos em direção à N125, rumo a Faro, depois a Tavira. Um pouco antes ficava o nosso destino: a Fuzeta. Não tínhamos outro objetivo senão o de fazer praia e, talvez, levantar os kites dado que também é uma referência para a prática da modalidade.

A viagem foi tranquila e a N125 permitiu-nos observar as paisagens e localidades algarvias mais afastadas das praias.

Já na Fuzeta, estacionámos a carrinha numa rua paralela à Ria (Formosa), gratuitamente. Dirigimo-nos ao posto para comprar os bilhetes para o ferry. Esta praia tem essa particularidade: podemos ficar na margem da ria ou atravessá-la para a praia-mar. Optámos pela segunda hipótese.

Encontrar o posto certo foi confuso pois, no mesmo local, encontram-se alguns “stands” a vender outras travessias e passeios na costa. Cada bilhete custa, ida e volta, 1,8€ e multiplicam-se as saídas e chegadas ao cais, pelo que não percebemos se havia algum horário estipulado.

A travessia é rápida, uso de máscara obrigatório a bordo. Do cais seguem enormes passadiços de proteção dunar para ambos os lados da praia-mar. Existem bares de praia com chapéus de palha e espreguiçadeiras, posto médico e WC público. A praia tem um areal a perder de vista e, logo à chegada, a placa que nos indicava o paraíso do kitesurf… Mas, apesar da brisa, não havia nenhum no ar. Geralmente, fica melhor ao final da tarde.

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As pessoas concentravam-se, com ou sem chapéu, junto dos bares de apoio e nós resolvemos caminhar pela direita.

Andámos cerca de dez minutos e cada vez íamos ficando numa zona mais deserta, com águas calmas e límpidas e conchas enormes. A determinada altura, percebemos que estaríamos numa praia de naturismo (o que viemos a confirmar no Google).

Acabou por ser uma descoberta curiosa pois, sendo a primeira vez, permitiu-nos desmistificar as ideias mais preconceituosas acerca destes espaços. É uma praia normalíssima, quase selvagem, com pouca gente, mas muito tranquila. A única diferença é que as pessoas estão sem roupa e não há vigilância constante nem bolinhas de Berlim.

Ainda pensámos em voltar mais para junto dos bares, mas optámos (e bem) por desfrutar da experiência. Sem “macaquinhos” na cabeça, estar sem roupa foi muito natural e a sensação proporcionada pelo sol e pela água foi extremamente agradável.

Sem vento para kites, começámos a elaborar outros planos para os dias seguintes. Desfrutar da viagem e da companhia e conhecer outros locais. Levantar os kites passou a ser um “nice to have”.

Regressámos à Fuzeta com o sol a esconder-se na ria. Cansados, prometemos “outras paragens” ao dia seguinte.

(Continua…)

Dicas Get Ride:

  • Se optarem por afastar-se dos bares de praia e forem muito fãs das bolinhas de Berlim, podem comprá-las num deles por 1€ e aproveitar a caminhada para queimar as calorias.
  • A saída da praia cerca das 19h30 acarreta uma fila de espera para o ferry (que, no entanto, está sempre a chegar e a partir) e as condições de segurança relativamente à Covid-19 tendem a ser mais difíceis de cumprir (o que depende muito de com quem partilhamos o barco).

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2020.09.03